PORQUE TIRARAM 7 LIVROS DA BÍBLIA?

O Cânone Bíblico

O cânone bíblico é a coleção de livros aceites como divinamente inspirados e autoridade para a fé cristã. Ao longo dos séculos, houve debates sobre quais livros deveriam ser incluídos no cânone.

Os Apócrifos

Os apócrafos são uma coleção de escritos religiosos judaicos que não foram incluídos no cânone hebraico ou na Bíblia protestante. Esses livros foram escritos durante o período entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento.

Os Livros Removidos

Sete livros dos apócrafos foram removidos da Bíblia protestante:

• Tobias
• Judite
• Ester (incluindo passagens adicionais)
• Sabedoria de Salomão
• Eclesiástico (Siraque)
• Baruque
• Carta de Jeremias

Razões para a Remoção

Houve várias razões pelas quais esses livros foram removidos do cânone bíblico:

Falta de Inspiração Divina

Os líderes da igreja primitiva acreditavam que os livros dos apócrafos não eram inspirados por Deus. Eles não continham profecias ou ensinamentos essenciais para a salvação.

Doutrinas Inconsistentes

Alguns dos livros dos apócrafos contêm doutrinas que são inconsistentes com o restante da Bíblia. Por exemplo, o Livro de Tobias promove a crença em demônios, enquanto a Bíblia ensina que só Deus é soberano.

Escrita Posterior

Muitos dos livros dos apócrafos foram escritos após o tempo do Novo Testamento, tornando-os incompatíveis com a afirmação de ser inspirados pelo mesmo Espírito Santo.

Influência Helenística

Alguns dos apócrafos foram escritos sob a influência da filosofia e cultura helenísticas, que não estavam de acordo com os valores judaicos e cristãos.

Impacto na Bíblia

A remoção dos sete livros dos apócrafos teve um impacto significativo na Bíblia:

Esclarecimento da Mensagem

A remoção desses livros ajudou a esclarecer a mensagem central da Bíblia, que é a salvação através de Jesus Cristo.

Unidade e Consistência

O cânone bíblico tornou-se mais unificado e consistente com a remoção dos livros apócrifos, promovendo a compreensão clara da fé cristã.

Preservação da Autoridade

A remoção dos livros apócrifos ajudou a manter a autoridade da Bíblia como a única fonte de verdade revelada por Deus.

Perguntas Frequentes

1. Por que esses livros foram originalmente incluídos na Bíblia?
   Algumas igrejas primitivas consideravam esses livros valiosos para instrução e edificação, embora não os considerassem inspirados.

2. Por que os cristãos católicos ainda aceitam os apócrafos?
   A Igreja Católica reconhece os livros dos apócrafos como parte do cânone bíblico, mas afirma que eles são de menor autoridade do que os livros do Antigo e Novo Testamentos.

3. A remoção dos apócrafos afetou a compreensão cristã da Bíblia?
   Sim, a remoção dos apócrafos ajudou a fortalecer a crença na inspiração divina da Bíblia e a promover uma compreensão mais clara da mensagem da salvação.

4. Quais são as principais diferenças entre os apócrafos e os livros canônicos?
   Os apócrafos foram escritos após o tempo do Novo Testamento, contêm doutrinas inconsistentes e foram influenciados pela filosofia helenística.

5. A remoção dos apócrafos foi controversa?
   Sim, houve debates sobre a inclusão ou exclusão dos apócrafos do cânone bíblico por séculos, mas a decisão final de removê-los foi amplamente aceita pelos líderes da igreja.

A Remoção dos Livros Apócrifos da Bíblia

A Bíblia cristã, em sua forma atual, consiste em 66 livros, divididos em Antigo e Novo Testamentos. No entanto, no passado, existiam outros livros considerados sagrados por algumas comunidades cristãs, mas que foram posteriormente removidos da Bíblia. Esses livros são conhecidos coletivamente como "livros apócrifos".

Canon Bíblico

O estabelecimento do cânone bíblico, ou a lista de livros considerados autorizados para uso na liturgia e no ensino, foi um processo gradual. Na época do Concílio de Nicéia em 325 d.C., o cânone do Novo Testamento já estava relativamente definido. No entanto, o cânone do Antigo Testamento ainda estava em debate.

Havia várias versões do Antigo Testamento em uso na comunidade cristã primitiva, incluindo a Septuaginta grega, que continha livros adicionais não encontrados na Bíblia hebraica (Tanakh). Esses livros adicionais, conhecidos como apócrifos, incluíam:

• Tobias
• Judite
• Ester (versão grega com adições)
• Sabedoria de Salomão
• Eclesiástico (Eclesiástes)
• Baruc
• Carta de Jeremias
• Cântico dos Três Jovens
• História de Susana
• Bel e o Dragão

Rejeição dos Livros Apócrifos

A decisão de remover os livros apócrifos do cânone bíblico foi tomada ao longo de vários séculos por diversas razões:

1. Origem Não Hebraica: A maioria dos livros apócrifos foi escrita originalmente em grego, enquanto o cânone hebraico do Antigo Testamento era considerado a fonte autorizada.

2. Falta de Evidências Históricas: Alguns livros apócrifos continham histórias e eventos não corroborados por outras fontes históricas.

3. Diferenças Doutrinárias: Os livros apócrifos continham algumas doutrinas e ensinamentos que não eram consistentes com o resto da Bíblia.

4. Influência do Helenismo: Os livros apócrifos foram escritos em uma época em que a cultura helenística estava influenciando o pensamento cristão. Alguns acreditavam que esses livros eram demasiadamente influenciados por ideias filosóficas e mitológicas gregas.

Concílios da Igreja

A remoção oficial dos livros apócrifos do cânone bíblico ocorreu em uma série de concílios da igreja:

• Concílio de Roma (382 d.C.): O papa Dâmaso I confirmou o cânone de 66 livros do Antigo e Novo Testamentos.
• Concílio de Cartago (397 d.C.): A lista de 66 livros foi reafirmada e foi ordenada que somente esses livros fossem lidos nas igrejas.
• Concílio de Florença (1441 d.C.): A Igreja Católica Romana declarou que os livros apócrifos não eram parte da Bíblia.

Status Atual dos Livros Apócrifos

Os livros apócrifos ainda são considerados escritura sagrada por algumas igrejas, incluindo a Igreja Ortodoxa Oriental e a Igreja Ortodoxa Etíope. No entanto, as principais denominações protestantes e a maioria das igrejas evangélicas não os consideram parte da Bíblia.

Os livros apócrifos são estudados por estudiosos da Bíblia e historiadores como fontes valiosas sobre a história e as crenças da comunidade cristã primitiva. Eles fornecem informações sobre o desenvolvimento do pensamento cristão e a influência da cultura e filosofia helenística sobre as comunidades cristãs.